Policiais
Publicada em 22/05/23 às 08:37h - 51 visualizações
Policiais mortos em Camocim: crime no Ceará chama atenção para cuidados com saúde mental de agentes de segurança

g1ce

 (Foto: g1ce)
Psicóloga avalia a necessidade de pensar em programas de prevenção e acolhimento de policiais. Segundo a Polícia Civil do Ceará, 66 profissionais passam por acompanhamento psicológico no estado.

Na madrugada do dia 14 de maio, um inspetor da Polícia Civil matou a tiros quatro colegas dentro da Delegacia de Camocim, cidade do litoral cearense. O caso, assim como o que aconteceu no dia seguinte em Salto, no interior de São Paulo, onde um outro agente matou outros dois policiais, acendem o alerta sobre a saúde mental dos profissionais de segurança.

A psicóloga Juliana Martins, que estuda os efeitos do trabalho sobre os policiais, aponta que é comum que as organizações policiais individualizem os problemas dos agentes, como se fossem pontuais. Para ela, é preciso mudar a abordagem de saúde na corporação.

"Acho que demorou pras organizações policiais pensarem em programas de prevenção e de acolhimento, né? Acho que começando por desmitificar essa questão da saúde mental, do adoecimento, de poder pedir ajuda, disso não ser mal visto, desse profissional não ser perseguido por conta disso", diz Juliana.

Ela pontua ainda sobre a importância da valorização dos profissionais de segurança pública. "Porque aí você não adianta você pagar um mau salário, não dar equipamentos para esses profissionais trabalharem, ter escalas de trabalho abusivas e ter um psicólogo para atender".
No caso do Ceará, a defesa do policial apresentou um atestado com data do dia 11 de maio, no qual uma psicóloga recomenda o afastamento de 15 dias por sintomas de ansiedade, como insônia, desânimo e labilidade emocional, que são alternâncias repentinas de humor.

A Polícia Civil do Ceará informou que o atestado não foi enviado ao superior do autor dos disparos. Também diz que fornece assistência médica e psicossocial a todo o efetivo, e que atualmente há 66 profissionais passando por acompanhamento.Na ocasião do crime, ele chegou na delegacia por um terreno baldio nos fundos do prédio e com duas pistolas atirou contra quatro colegas que descansavam em redes. Ele ainda tentou fugir em uma viatura, da delegacia, mas voltou para casa, onde gravou um vídeo pedindo perdão. Logo em seguida, ele algemou a si mesmo e se entregou à polícia.


Em audiência de custódia, ele teve a prisão em flagrante por homicídio convertida em prisão preventiva.

"O que nós temos aqui é uma circunstância premeditada. O policial, autor dos fatos, ele realmente premeditou e planejou com muito cuidado o que ele iria fazer", avalia Márcio Gutiérrez, Delegado-Geral da Polícia Civil do Ceará.

A esposa do acusado não quis gravar entrevista, mas enviou à reportagem um vídeo onde mostra a situação do marido voltando para casa após um dia de trabalho em janeiro.

Considerando que é uma profissão de risco, que é uma profissão que lida no dia a dia com violência, com a vida e a morte o tempo todo. Trabalham muitas horas, tanto na instituição quanto fora dela. Têm pouco tempo de sono, pouco tempo de lazer, pouco convívio de qualidade com a família, com amigos. Outras medidas precisam ser tomadas pela própria polícia, né? Para cuidar e acolher esses profissionais", conclui a psicóloga Juliana Martins.

via;g1ce



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