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Rogério da Silva Mendonça, um dos dois detentos recapturados da Penitenciária Federal de Mossoró, foi colocado em isolamento, em uma cela com apenas ele, após supostamente ter ameaçado agentes penitenciários que atuam na unidade. Com isso, o cometimento de infrações disciplinas graves teria justificado a adoção da medida punitiva.
Conforme apurado pelo jornal O Globo, o homem teria se recusado a fazer o procedimento de revista, quando quatro agentes foram até a cela dele. Ele teria respondido com agressividade, em tom de ameaça contra os profissionais. “Se eu te pegar lá fora, eu taco fuzil na tua cara”, disse o detento; “cadê vocês no mato? Eu ia encher a cara de tiro”, teria dito ainda.
Os dois detentos foram recapturados no início deste mês, após terem passado 50 dias foragidos da Justiça. Eles conseguiram escapar da penitenciária federal em 14 de fevereiro deste ano, na quarta-feira de cinzas, e chegaram a cruzar o país, evadindo-se das buscas da polícia.
Rogério é o mesmo, dos dois, que teve uma ligação interceptada falando com uma suposta namorada, indicando que tinha planos de fugir do Brasil. Na ligação telefônica, interceptada pela Polícia Federal (PF), ele ainda fala sobre planos de casamento.
A fuga desencadeou buscas que mobilizaram mais de 300 agentes, de acordo com o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski. Os fugitivos já tinham histórico na justiça. Também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, Deibson Nascimento está envolvido em 34 processos na Justiça do estado de origem. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.
Já Rogério, apelidado como “Martelo”, responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.
Naturais do Acre, os detentos são membros de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.
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