(Foto: REPRODUÇAO)
O soldado da Polícia Militar Francisco Edinardo Sousa do Nascimento, desaparecido desde outubro de 2021, é investigado pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) por sumir com uma arma da corporação e dinheiro de outros policiais, que eram seus colegas de trabalho.
O órgão apura as condutas transgressivas atribuídas ao soldado, atualmente considerado como desertor, bem como a incapacidade dele para permanecer na PM.
Conforme a CGD, Francisco Edinardo extraviou uma pistola, três carregadores e munição da reserva de armamento da Polícia Militar.
Além disso, um tenente informou que o soldado havia lhe pedido emprestado a quantia de R$ 20 mil para ser restituído em novembro 2021, contudo, até a presente data não o fez.
O oficial relatou que além dele outras pessoas também teriam sido vítimas de fato semelhante cometido por Francisco Ednardo. Entre eles, está um soldado que emprestou R$ 2 mil e vendeu uma moto ao investigado, que só pagou a entrada e cinco parcelas, ficando pendente 19 parcelas de R$ 300. De posse do veículo, Ednardo teria trafegado com a moto sem placa e depois vendeu à outra pessoa.
O soldado também teria ficado em dívida com um homem de quem ele havia comprado um relógio e um aparelho celular. Na ocasião, o agente chegou a pagar apenas a primeira parcela.
Registros fora do Ceará após sumiço
A Polícia Civil divulgou cartazes do agente de segurança desaparecido. Ele foi visto pela última vez no dia 22 de outubro de 2021, no Bairro Outra Branda, em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Durante as investigações, a Polícia Militar constatou que Edinardo havia embarcado no dia 23 de outubro de 2021 com destino a Caruaru, em Pernambuco, e no dia 31 de outubro do mesmo ano fez saque em dinheiro na cidade de São Paulo.
"A documentação apresentada reuniu indícios de materialidade e autoria, demonstrando, em tese, a ocorrência de conduta capitulada como infração disciplinar por parte do militar acima mencionado, passível de apuração a cargo deste Órgão de Controle Externo Disciplinar", disse a CGD.
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